De
volta e com foto nova, venho com a lembrança de um ano nebuloso e quente, muito
quente, em 2016.
Mas
se teve uma coisa que salvou, foi a ascendência dos heróis de quadrinhos no
cinema. 2016 começou com a projeção de 6 filmes (recorde) e várias expectativas
– algumas superadas, outras frustradas – que só me remetiam à nostalgia da
infância, quando sonhava ver meus heróis detonando nas telas.
Bom,
o que antes era um sonho virou tendência e hoje já é gênero cinematográfico.
Queria
dizer também que tenho notado que a idade tem me deixado menos paciente pra
muitas coisas, entre elas a de ficar aqui organizando posts, escrevendo e
postando fotos. Então, dito isso, vou encerrar o ano com minhas impressões
sobre os seis filmes, desta vez tentando ser mais o menos prolixo possível
pra conservar a minha diversão e a de quem venha ou tem me acompanhado.
Feliz
Natal a todos e um próspero ano novo.
1.
DEADPOOL
O
ano começou quente já com o sucesso estrondoso de Deadpool.
Esse
personagem nunca me encantou nas HQ’s mas tem gente que já gostava antes do
anuncio do filme (?) até sem nunca ter lido (?), mas vai entender e confesso
que me diverti com o filme.
Com
boas piadas (Superhero Landing!!!) e a velha quebra da quarta parede, conceitos
que acompanham o bem humorado Deadpool, até que fizeram mais sentido na
tela, a ponto de a gente acabar tolerando bem o chato do Ryan Reinalds.
Tava na hora mesmo dos filmes de herói irem mostrando variações artísticas. Não
só nesse ponto, mas a violência aguda e os temas mais adultos fizeram o seu
sucesso deixar a promessa de maior liberdade artística pra o gênero.
2.
BATMAN VERSUS SUPERMAN: O DESPERTAR DA JUSTIÇA
Filme
de extremos, positivos e negativos.
Pra
começar, devo dizer, não faça um filme de 5 horas se você não vai poder
exibir mais de 3 horas. A edição e a montagem recortada acabaram prejudicando
tanto esse filme que a versão estendida ganhou até trailer. Aí não dá, né?!
O
saldo final foi um Batman surpreendentemente bom (toma Ben Afleck
na cara, mundo!), cenas de ação foda, uma modelo de Cosplay de Mulher
Maravilha que luta pra caralho, um Superman bundão que mais parecia
sidekick de Lois Lane e um vilão que lembrou em poucos momentos o Lex
Luthor.
O
filme que foi exibido foi problemático mas bom, e melhor quando se vê a versão
estendida.
Mas
uma coisa é certa, que visual incrível!!
A
cena de abertura foda, a trindade reunida em plano americano e o Batman
porradeiro foi demais!!!
3.
CAPITÃO AMÉRICA: GUERRA CIVIL
A
adaptação da HQ de Mark Millar e Steve McNiven ficou apenas no
primeiro ato, trazendo de volta o debate, mas de forma breve, mas afinal de
contas, existia uma necessidade de continuar os acontecimentos do ótimo Soldado
Invernal.
Quando
você vê Guerra Civil, e você se toca que tá vendo um universo Marvel
coeso e com tantos personagens juntos e devidamente alinhados, e ainda ganha de
presente um mini filme do Pantera Negra e o melhor Homem Aranha
de todos os tempos não dá pra não gostar.
O
duelo ideológico dos dois pilares Marvel, Capitão e Homem de
Ferro, não se constrói aqui, mas chega ao seu ápice. E como!
4.
X-MEN: APOCALIPSE
Quando
tudo tava tão bem, vem a primeira decepção do ano. Mesmo gostando tanto do Brian
Singer, não dá pra defender.
Depois
de ter consertado tão bem a cronologia e ter preparado o terreno tão bem, o
Brian simplesmente não conseguiu trazer empolgação nesse filme. Não foi dessa
vez.
5. ESQUADRÃO SUICIDA
Esse
era só o filme mais esperado do filme.
Eu
já imaginava que a avalanche de trailers, o hype e Will Smith poderiam
prejudicar o filme, mas não assim, né?
Will até que se destaca
fácil no meio de um caos mal montado de um vai e vem sem sentido e uma Harley
Quinn jogando a bunda a toda hora na nossa cara, como se tentasse
desesperadamente ganhar atenção.
6.
DOUTOR ESTRANHO
Levando-se
em conta que é pouco conhecido da galera e que o roteiro é realmente simples, Doutor
Estranho é muito sólido e bem sucedido quanto filme.
O
visual aqui é um deslumbre artístico, não só comparado aos filmes de heróis,
mas ao cinema em geral.