segunda-feira, fevereiro 28, 2011

O Mar de Mudanças de Beck

Mais do que tudo, Beck Hansen nunca fez questão de esconder sua constante mudança, grande característica de seus albuns. A metamorfose sempre foi notória a cada album - e as vezes até dentro de um mesma música.
Em Sea Change Beck os violões e orquestrações dão os tons pra mostrar toda a luz escondida por entre os seus diferentes casulos, e o que se vê é lindo e inesquecível.
Lembro que conferi o clipe de Lost Cause na semana do lançamento, em 2002, e fiquei tocado, era Beck de volta aos violões, como em Mutations, mas tinha alguma coisa diferente, algo mais claro, mais direto, e muito mais intimista.
O que se sente ao ouvir Sea Change é uma necessidade de se mostrar em letras mais carregadas e líricas protegido por um som mais, digamos, etéreo. Violões, em combinações surpreendentes e sinceridade literal.
The Golden Age abre o album com promessas de dias melhores e uma nostalgia aguda. Em Paper Tiger, estamos em outro plano de perspectiva, o silêncio entre os acordes duela desesperadamente contra uma orquestração altíssima.
A produção de Nigel Goldrich é novamente primorosa em todo o trabalho e sublinha Lost Cause - um dos destaques e principal single.
Apesar do clima menos urgente, a melancolia não aparece aqui, exceto em Lonesome Tears e Guess I'm Doing Fine. Apesar de trazer músicas mais cadenciadas do que usualmente manda a cartilha de Beck, na verdade Sea Change mascara uma positividade tão literal que dá pra sentir ao ouvir.

Lost Cause - Clipe Versão 1

Scott Pilgrim Vs. The World

Enfim consegui assistir Scott Pilgrim Vs. The World, e confesso ter tido uma maravilhosa surpresa.
Não sei se fiquei mais maravilhado com com a criatividade entertedora do filme, ou por ter visto sem sequer saber ao menos a sinopse - o que acho uma bergonha pra um fã dos quadrinhos que eu sempre fui.
O fato é que Scott Pilgrim Vs. The World de 2010 pega de surpresa os desavisados valendo demais a pena conferir mais uma bem sucedida comédia indie de "level 6".
E como não podia deixar de ser, além das inúmeras referências a cultura popular, a trilha sonora não podia ser melhor. Além da surpresa animadora do Sex Bob-Omb (banda em que Scott toca baixo no filme) ainda se pode conferir contribuições inéditas de Frank Black e Beck, entre outros.

sexta-feira, fevereiro 25, 2011

The White Stripes Anuncia o Fim

Uma das - talvez - bandas de Rock mais criativas dos anos 2000 acabou.
The White Stripes, composto por Jack e Meg White anunciaram em seu site no último dia 2 de fevereiro, que encerraram suas atividades em caráter definitivo e oficial.
Com Origem em Detroit - MI, surgiram no final dos anos 90 com uma formação reduzida em relação ao tradicional (apenas guitarra e bateria) e fórmulas duvidosas em seu som, , causando estranhismo aos mais puritas, mas isso só no início. O som que pareceu estranhos nos primeiros albuns, passou a fazer sentido e ganhar mais força com os albuns posterioresm atingindo seu ápice em Elephant de 2003.
O White Stripes deixa de herança 6 albuns, e pelo menos 3 clássicos com caras de obra-primas como White Blood Cells (2001), Elephant (2003) e Get Behind Me Satan (2005).
Com o passar dos anos a banda foi ganhando status de comtemporânea e lançava albuns cada vez melhores.
Idealizador da banda, Jack White é hoje considerado uma dos músicos mais brilhantes do Rock comtemporâneo, redendo a ele participação e parcerias com os grandes e projetos paralelos bem sucedidos, The Raconteurs e Dead Weather - onde Jack White toca bateria.
Eu sou confesso fã dos albuns dos Raconteurs e admirador do White Stripes que, na minha opinião, meio que salvou a música pop da última década, trazendo um som originalíssimo e grandes músicas como Seven Nation Army e o póstumo clássico Icky Thump.


Performance ao vivo de Icky Thump.

segunda-feira, fevereiro 21, 2011

The Decemberists perform "This Is Why We Fight" Live on NPR



Diretamente de Portland, e ao vivo, Colin Meloy e Cia desfilam ums dos petardos de seu novo The King Is Dead.

The Decemberists: Novas cores em The King Is Dead

The Decemberists talvez seja uma das mais injustiçadas bandas populares da década. Aplaudida por crítica, mas subestimada pelo público Indie Rock, essa banda de Portland apresentou no início dos anos 2000 um Indie Rock temperado com Folk e melodias influenciadas pelo bom Pop inglês dos anos 80 – o líder Colin Meloy é confesso fã do cantor inglês Morrissey - caraterizados por fazerem álbuns mais conceituais, sempre inspirados em cointos populares, fatos históricos e literários, sonoramente inspirados em temas teatrais e música folk e barroca e – por que não – inspirando bandas como Beirut.

Lançado em Janeiro, depois dos bem sucedidos Picaresque (2005) e The Crane Wife (2006) e um não tão empolgante The Hazards Of Love (2009), The King Is Dead trás sim um Decemberrists não tão diferente do que sempre foi, mas amadurecido e, por que não, vibrante.

Trazendo os sempre presentes Acordeons, Bandolins e Violinos de sempre, os Decemberrists ganha realces mais fortes em suas caraterísticas cores.

Mais inspirado do que nunca, Colin Meloy trás dessa vez inspirações mais pessoais e intimistas em suas letras, com personagens mais táteis e imaginativos.

Sempre com um pé na música folk americana, Don’t Carry It All se confunde com uma marcha catenciada, acompanhada de Rox In The Box – talvez o maior destaque do álbum.

Calamity Song trás e o guitarrista Peter Buck, justificando a influência do R.E.M. dos tempos do Murmur.

January e June Hymns são clássicos estântaneos na discografia do grupo, que ainda soa radiofônico em Down By The Water (também com Peter Buck) e This Is Why We Fight.