
1. The Decemberists - The King Is Dead
O album que procede a verdadeira odisséia folk- progressiva de The Hazards Of Love trouxe uma proposta tão direta quanto eficiente. O clima interiorano já era característico, mas dessa vez veio mais à flor da pele. O contraste está nos temas mais intimistas e simplórios, abrindo espaço pra Colin Meloy destilar o que parece ser o auge de sua trajetória como compositor e vocalista. O resultado é encantador.

Quem tem talento supera tudo. A constatação mais óbvia ao ouvir esse disco é constatar que na verdade você não curtia Oasis, e sim o trabalho de Noel Gallagher. Mais psicodélico do que nunca, Noel escolheu apenas seguir o curso natural de sua música e, mais livre do que nunca pra cantar, sua voz voa como os pássaros que dão nome a esse disco memorável.
A Compania Grohl de rock parecia já ter dado seu recado, já que desde There Is Nothing Left To Lose de 2000, nada mais chamava atenção na banda. Mas a fonte que parecia ter esgotado transbordou com tamanha vazão que a sensação é de delírio. O resultado é o trabalho mais urgente e direto de toda sua discografia.
Quem disse que velocidade é tudo? A atmosfera sutil de Bon Iver, bem como os falsetes que estampam todo o álbum, é como o silêncio que, aliás, também tem papel importante na música. Tudo isso pra valorizar o grande trunfo de sua música as melodias – mais nostálgicas a cada audição. Em tempos difíceis pra boa música, Bon Iver dá uma aula de sensibilidade vocal, e mostra que potência não é nada sem paixão.

A revelação do ano tem um gostinho de Amy, mas menos sedutora e mais emocionante. Histórias de amor alimentam todo o álbum, acompanhados de performances vocais primorosas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário