ALANIS MORISSETTE - HAVOC AND BRIGHT LIGHTS
Alanis Morissette já teve melhores momentos.
Na segunda
metade dos anos 90 ela construiu pérolas vestidas de hits que dominaram a MTV
na época – como Jagged Lillte Pill (1995) e Suposed Former Infatuation Junkie
(1998), abrindo portas pra uma avalanche de cantoras/ compositoras que
apareceram à reboque do seu sucesso. Apesar de apenas esboçar um brilhantismo
musical e a irregularidade em seus álbuns, era fácil encontrar brilho em músicas
interessantes e sinceras como Ironic, You Learn e So Pure.
Bom, isso até essa sinceridade crescer e transformar suas
músicas em “poesias autobiográficas sob uma trilha sonora intrumental”. Cada
vez mais limitada melódica e musicalmente, Alanis prioriza confissões, sempre tão
presentes que, muitas vezes, são absolutamente desnecessárias na tentativa de
quebrar seu próprio recorde de maior número de palavras por melodia ou frase
mais extensa entre duas notas.
Apesar de funcionar muitas vezes – e até ser objeto
eficiente de inspiração – as experiêncas particulares de Alanis não precisavam
ser o maior atrativo e tomar boa parte da atenção de quem escuta um álbum intitulado
e contendo 14 músicas, como é o caso do novo Havoc And Bright Lights, onde a
música fica em terceiro lugar.
JOHNNY MARR - THE MESSENGER
Johnny Marr se imortalizou na música pop inglesa nos
anos 80, quando fez parte da lendária
banda The Smiths construiu uma reputação de extrema importância no rock britânico.
Agora, pela primeira vez, lança um disco solo intitulado The
Messenger.
E não é que agradou?!
A arquitetura, os dedilhados
e os timbres das guitarras de Johnny ( sempre tão marcantes) ainda permanecem
- e muito bem, obrigado. Este talento
nos arranjos ajuda a compensar o vocal, às vezes desinteressantes – mas
regulares, bem como as melodias. Camadas lindas de guitarras texturam as 12
faixas com o melhor que o tradicional rock inglês tem – e que o próprio Johnny ajudou a construir
ao longo de sua carreira.
OUÇA: