quinta-feira, maio 16, 2013

DIETA DE MAIO


ALANIS MORISSETTE - HAVOC AND BRIGHT LIGHTS

Alanis Morissette já teve melhores momentos. 

Na segunda metade dos anos 90 ela construiu pérolas vestidas de hits que dominaram a MTV na época – como Jagged Lillte Pill (1995) e Suposed Former Infatuation Junkie (1998), abrindo portas pra uma avalanche de cantoras/ compositoras que apareceram à reboque do seu sucesso. Apesar de apenas esboçar um brilhantismo musical e a irregularidade em seus álbuns, era fácil encontrar brilho em músicas interessantes e sinceras como Ironic, You Learn e So Pure.
Bom, isso até essa sinceridade crescer e transformar suas músicas em “poesias autobiográficas sob uma trilha sonora intrumental”. Cada vez mais limitada melódica e musicalmente, Alanis prioriza confissões, sempre tão presentes que, muitas vezes, são absolutamente desnecessárias na tentativa de quebrar seu próprio recorde de maior número de palavras por melodia ou frase mais extensa entre duas notas.
Apesar de funcionar muitas vezes – e até ser objeto eficiente de inspiração – as experiêncas particulares de Alanis não precisavam ser o maior atrativo e tomar boa parte da atenção de quem escuta um álbum intitulado e contendo 14 músicas, como é o caso do novo Havoc And Bright Lights, onde a música fica em terceiro lugar.



JOHNNY MARR - THE MESSENGER

Johnny Marr se imortalizou na música pop inglesa nos anos  80, quando fez parte da lendária banda The Smiths construiu uma reputação de extrema importância no rock britânico. 

Agora, pela primeira vez, lança um disco solo intitulado The Messenger.

E não é que agradou?!

A arquitetura, os dedilhados  e os timbres das guitarras de Johnny ( sempre tão marcantes) ainda permanecem -  e muito bem, obrigado. Este talento nos arranjos ajuda a compensar o vocal, às vezes desinteressantes – mas regulares, bem como as melodias. Camadas lindas de guitarras texturam as 12 faixas com o melhor que o tradicional rock inglês tem  – e que o próprio Johnny ajudou a construir ao longo de sua carreira.

OUÇA:




quarta-feira, maio 08, 2013

DIETA DE ABRIL

THE STROKES - COMEDOWN MACHINE



Não me entenda mal, eu gosto dos Strokes, mas sempre achei essa banda superestimada. Com exceção do clássico Is This It (2001), que definiu o panorama rock dos anos 2000, eles tem aparentado sempre uma preguiça de realizar um álbum como um todo – fato que não me agrada tanto numa banda. Entretanto, a atenção que parecem concentrar um um número de músicas em seus trabalhos funciona, e muito bem. Nessa brincadeira os americanos já soltaram clássicos que vão viver pra sempre.
Com o lançamento de Comedown Machine, fica cada vez mais óbvio o quanto Phrazes for the Young (2009) – primeiro e único disco solo de Julian Casablancas – mudou os rumos dessa banda.
Refém das novas influências do seu vocalista e principal compositor, os Strokes hoje se vestem de uma balanço e efeitos eletrônicos cada vez mais ambiciosos. O que é notável, mas nem sempre funciona.
Tap Out, que abre o Machine, é contagiante e repleto de um “novo” disfarçado de Michael Jackson e um trabalho vocal primoroso. Já One Way Trigger - a melhor do álbum – traz esse equilíbrio pela primeira vez fazer total sentido, destacando mais uma vez os falsetes de Julian – o único sem preguiça de trabalhar.

OUÇA:


FUN.


Essa banda acabou chegando atrasada nas minhas mãos, mas antes tarde do que nunca. O Fun. prova que é possível haver vida inteligente na cada vez mais degradante música pop americana. Algumas canções são tão cativantes quanto, em alguns momentos, emocionantes a ponto de cantar no banheiro até enjoar.

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QUEENS OF THE STONE AGE


O Queens já foi aclamado como “novo Nirvana” e “a próxima grande coisa no rock”. Ignoremos as profecias mas, sejamos francos, Josh Home é um dos poucos caras à não deixarem o caos e a violência perder o sentido no Rock. Praticamente todas as bandas de rock de hoje que prestam são influenciadas pelo Queens.

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