ARCTIC MONKEYS - AM (2013)
Sempre acho louvável quando um artista, depois de um certo tempo, tenta se reinventar. Às vezes não dá certo como se espera, mas no caso do Arctic Monkeys essa mudança fez mais do que bem, fez MUTO BEM.
Pra mim, o Suck It And See (2011) poderia ter sido melhor, mas vendo hoje me parece mais uma oficina que acabou contribuindo para algo melhor: o AM.
Em AM Alex Turner apimenta um pouco a desaceleração de Suck It And See e adiciona uma certo "swing" e sensualidade pra botar você pra dançar, e dá até pra sentir lá no fundo uma pitadinha de Glam rock. Com os grooves em cadência mais lenta, as guitarras ficaram bem mais charmosas e é aí que aparece a nova qualidade de Turner: as melodias - especialmente com os novos "diálogos" vocais, sempre em falsete.
O visual novo da banda (estético e sonoro) também são incríveis. Alex parece ter entrado num túnel do tempo e voltou diretamente da década de 50, com jaqueta de couro e topete e gel, no melhor estilo rockabilly.
Confesso que também tenho um ouvido sensível pra esse tipo de som, e o balanço de AM realmente conseguiu me contagiar (o que não é fácil).
Todos já sabem, mas sempre vale a pena lembrar que "O CARA" da soul music no Brasil é gordinho e atendia pelo nome de Tim Maia.
É, meu amigo, é difícil resistir a qualidade musical e vocal do Tim, especialmente quando ele resolvia swingar.
Nobody Can Live Forever (2012) é um apanhado dos melhores momentos Soul de Tim, resgatando seus momentos mais inspirados como em alguns clássicos de do cultuado Racional (1975) e algumas raridades.
OUÇA:Quer Queira ou Não Queira
O Caminho Do Bem
Ela Partiu
PAUL McCARTNEY - NEW (2013)
Não dá pra esperar que Paul McCartney ainda surpreenda. Mas também não é certo pensar que não valha a pena ouvir seu trabalho atual.
Na verdade, o coroa ainda mostra vitalidade e insiste em se manter "no jogo".
New é um album que mostra um mestre do pop desfilando com mérito pelas técnicas que ele mesmo ajudou a construir, na tentativa de se manter vivo, e sim, é um bom album.
Paul passa a impressão de que não se importa mais em inovar ou ter qualquer quer outra pretensão além de tocar e se divertir. E é aí que ele ainda chama atenção.
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