domingo, dezembro 29, 2013

ÁLBUNS DE 2013 (MEUS PREDILETOS)

Todo ano tenho a sensação de que, em matéria de música, foi pior que o ano anterior. Mas penso melhor e acabo concluindo que provavelmente eu apenas não tenha ouvido tudo que saiu naquele ano, ou talvez eu acabe gostando no futuro de algo que tenha ignorado no presente. Sempre deixo passar algo.
Na verdade isso acontece muito. Muitas bandas que adoro, eu odiei nas primeiras vezes que ouvi.
Nessas horas sempre lembro que a "boa arte" também pode causar estranhamento. O que é novo e original pode parecer estranho no primeiro momento, e fazer sentido só mais tarde.
Em todo caso segue a lista dos melhores que ouvi nesse 2013 - pelo menos até o presente momento.
ÁLBUNS DE 2013

ARCTIC MONKEYS - AM
A sensualidade, o balanço e o charme de AM mudaram meus conceitos sobre os ingleses do Arctic Monkeys. Aquela urgência frenética e virtuosidade caótica dos primeiros trabalhos empolgavam sim, mas também gerava uma certa "confusão sonora" às vezes. Isso tudo deu lugar à desaceleração e cadência pra buscar novas possibilidades e se reinventar. Os mais puritanos seguidores sentirão certa estranheza à princípio, mas encontrarão, entretanto, todos os elementos do bom e velho Arctic Monkeys.

QUEENS OF THE STONE AGE - ... LIKE CLOCKWORK
Josh Homme já tocou com PJ Harvey, Dave Grohl, John Paul Jones e outros grandes nomes. Mas seu projeto principal, apesar de já ter se estabilizado na lista dos grandes do gênero - e até já ter sido considerado o próximo Nirvana -, precisava de um trabalho coeso; sua obra prima.
Eis que surge ... Like Clockwork
Sóbrio, mórbido, melancólico, dançante e assustador estão, agora mais do que nunca, entre os adjetivos do universo e jeito  "Homme" musical de ser.

NEIL YOUNG AND CRAZY HORSE - PSYCHEDELIC PILL
Neil Young recorreu a um jeito mais sutil e rústico pra gravar o seu retorno triunfante junto ao Crazy Horse (sua banda de apoio há décadas).
Psychedelic Pill tem um quê de improvisado e simplório comparado a outros trabalhos, mas isso só dá mais espaço pra uma das características principais da música de Neil, a alma.
DAFT PUNK - RANDOM ACCESS MEMORIES
Esse novo do Daft Punk soa mais como uma "festa como nos velhos tempos" do que "o novo disco do Daft Punk". As novas tendências e a vanguarda, outrora sempre presentes, deram lugar a um retrocesso proposital Há outros tempos e outros padrões musicais. 
A verdade é que, mais uma vez, o Daft Punk deu as cartas nas festa de 2013. Nenhuma música tocou tanto do que Get Lucky.
Grandes participações se aliam a um balanço único e próprio de quem realmente entende do assunto.
VAMPIRE WEEKEND - MODERN VAMPIRES OF THE CITY
O charme e a rusticidade de Vampire Weekend não surpeendeu tanto, mas me agradou por demais. O amadurecimento é notório quando você compara os álbuns. Belíssimo.


quarta-feira, dezembro 25, 2013

TOP TEN DEZEMBRO (HITS)

DIETA DE DEZEMBRO

ELTON JOHN vs PNAU
Pnau é uma dupla de músicos eletrônicos australianos. Em 2012 lançaram esse disco divertidíssimo: Good Morning To The Night.
Good Morning To The Night reúne trechos de canções de Elton John, compreendendo sua melhor fase: os anos 70 e alguma coisa dos anos 80. Só agora em Dezembro consegui  ouvir, mas foi uma bela surpresa.
 É interessante ver as colagens de diferentes faixas fazendo nascer um resultado novo e bem satisfatório como a sensual Black Icy Stare, que contém diferentes trechos de Caribou de 1974, ou a nudez de Grey Seal (Yellow Brick Road de 1973) em Phoenix.



VAMPIRE WEEKEND - MODERN VAMPIRES OF THE CITY (2013)
O Indie Rock "barroco" dos nova iorquinos do Vampire acabou ficando mais pop em Vampires Weekend Of The City mas, nesse caso, acessível talvez tenha um sentido menos, digamos, notório.
Mesmo adotando uma urgência pop e dançante, o Vampire parece ser criterioso quanto à perder o seu som, e não abre mão mesmo.
O balanço punk de Diane Young, por exemplo, é comedido e refinado, bem como a radiofônica Don't Lie, enquanto Step ou Everlasting Arms traz o som "vampiriano" de sempre, e da melhor qualidade.