sexta-feira, setembro 05, 2014

DIETA DE AGOSTO



JENNY LEWIS – THE VOYAGER (2014)


Em julho saiu  The Voyager, novo álbum da ex-Rilo Kiley (e lindíssima) Jenny Lewis e sucessor do ótimo Acid Tongue (2008).
Depois de um hiato de anos sem lançamentos, Jenny  traz em The Voyager praticamente um diário de reflexões sobre suas experiências amorosas com uma pegada altamente inspirada no pop dos anos 70. Até aí tudo bem, afinal sua antiga banda Rilo Kiley já tinha pintado um fundo a La Fleetwood Mac em Rumours (e até um pouco de Abba). O problema é a sensação de “talento desperdiçado” que tive, e que me deixou com um gosto de decepção. Não me entenda mal, pois certamente eu seja o maior fã que eu conheça da Jenny. Esperei muito por esse álbum, mas em vários momentos de The Voyager, a urgência em contar histórias sobre amores passados soa forçada, sempre variando de tema, ou de história.
Jenny Lewis tem sido, entre as mulheres,  a vida inteligente na música popular americana.Compositora inspiradíssima que vinha se fortalecendo após sua parceria com Jonnathan Rice, que também é seu atual parceiro.
Um crítico chegou a escrever:”... em algum lugar do passado partiram o coração de Jenny...”. De fato esse tom confessionista permeia todo o The Voyager, e é exatamente na música título que encontramos, coincidentemente, o maior momento do álbum. The Voyager nos dá um clima nostálgico fora de série com seus falsetes dinâmicos e libertadores.
Outro problema é a falta de bom material ou seja, boas composições. O que talvez seja consequência do tom saudosista do álbum. Aliás, a nostalgia musical é um dos fortes no álbum. As músicas resgatam timbres e arranjos muito bem executados. Você consegue imaginar essas músicas tocando nas rádio dos anos 70, como no single Just One Of The Guys e She’s Not Me. Outro grande êxito é Love U Forever, outra faixa que sai um pouco do conceito inicial, e até lembra o Rilo Kiley.
 JENNY AND JOHNNY - I'M HAVING FUN NOW (2014)
Quase que simultaneamente ao lançamento de The Voyager, disco solo de Jenny Lewis, eis que ela reaparece com seu primeiro disco em parceria com seu amor Jonathan Rice, o I'm Having Fun Now - e que discaço!!
Após ressuscitar memórias de amores passados em seu disco, Jenny Lewis volta ao tom dançante e "pra cima" que tanto ela viveu nos bons tempos de Rilo Kiley
Como bem ilustra o próprio título e capa do álbum, I'm Having Fun Now vem permeado de um clima ensolarado com música empolgadíssimas e despropositais, sempre trazendo certa nostálgia que, aliás, vem sendo característica recorrente na música de Jenny, como Big Wave, Just Like Zeus e My Pet Snakes.
A sintonia entre Jenny e Johnny são notórias em todo o álbum, com os dois sempre em revezamento e brilhando juntos. 
Em alguns momentos também há tempo pra algumas baladas de ótimo gosto como Switchblade e New Yorker Cartoon.
Fica aquela sensação de que I'm Having Fun Now vai sr daqueles álbuns que vai tocar muito nas minhas playlists, mas também a impressão de um Jonathan Rice presentíssimo e em total sintonia com sua parceira, como se os dois estivessem tocando numa festa e fazendo, mais uma vez, total jus ao titulo do álbum.


 GUARDIÕES DA GALÁXIA (2014)
Quando eu vi os trailers virais de Guardiões da Galáxia a questão que mais passou na minha cabeça foi: Como diabos vão fazer essa trilha sonora fazer sentido em um filme de saga espacial?
Pois é, ingenuidade minha, ou falta de esperança, talvez. A verdade é que esse problema se torna poeira já nas primeiras sequências do filme.
Guardiões da Galáxia é sim, mais um agente de expansão do universo Marvel no cinema, embora não dê  muitas ligações com a trama Vingadores, como tem sido até então - comk excessão de Thanos e o problema das Gemas do Infinito. Mas é aí que está o mérito todo: a Marvel Studios está jogando esse jogo de boa e está tão à vontade que decidiu ampliar seus horizontes, abrir diálogos com novos públicos. È a versatilidade, meu amigo!
Enquanto a rival DC se enrola e burocratiza toda tentativa de adaptar, a Marvel vai no sapatinho, na simplicidade.
Os Guardiões são personagens, apesar de serem antigos, do quinto escalão da editora e universo Marvel. Daí a estranheza de quem nunca ouviu falar. Mais um obstáculo facilmente reduzido no filme.
Um dos filmes mais divertidos do ano, certamente.



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