Esta é uma daquelas bandas participantes deste novo...digamos...."folk revival" promovido por algumas bandas indie nos últimos anos.
É uma daquelas bandas que não tem enormes pretensões (afinal de contas qual tem, hoje em dia?) mas tem músicas muito legais. Eu já me diverti e me emocionei um bocado com algumas canções como Mountain Sound e Little Talks.
Pois bem, seu novo álbum já está saindo, o Beneath The Skin. Em geral, o álbum tem tudo que já vimos em My Head Is An Animal, de 2010, mas um pouco mais evoluído. Simples, mas honesto. Cuidado com os "o o o o o o 's" que ficaram um pouco exagerados aqui.
Já falei por aqui que sempre achei o Kula Shaker uma banda injustamente incompreendida - pra não dizer ignorada - em sua época.
Nos anos 90, ainda sob - ou talvez por isso - a explosão do rock britânico ou britpop que jogou bandas como Oasis, Radiohead e Blur pro estrelato, a também britânica Kula Shaker brilhava com igual qualidade mas não obteve o mesmo sucesso.
Me tornei fã de Frank Miller lendo sua fase no Demolidor que, francamente, é algo fantástico. Seu trabalho com o Demolidor nos anos 80 ajudou a redefinir não só o próprio personagem mas todo o gênero.
Criado por Stan Lee e Bil Everett em 1964. O "Demônio Ousado" ganhou projeções fora do normal ao ser reformulado por Frank Miller nos anos 80, que trouxe uma série de elementos interessantes ao universo urbano da Cozinha do Inferno. Este trabalho rendeu obras ainda hoje definitivas e importantes para as HQ's de heróis. O sucesso foi tão grande que levou Miller à criar à convite da DC Comics a obra-prima Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge, em 1986, aprofundando elementos que já havia explorado em Demolidor.
Ou seja, após o Batman de Nolan, 300 e Sin City - todos filmes inspirados em suas obras - mais uma vez Frank Miller serve de base pra mais uma adaptação (desta vez pra TV).
Demolidor é mais uma parcela da expansão do universo Marvel pras telas, dessa vez pela Netflix, mas sob a "gerência" do próprio Marvel Studios. A idéia é fazer uma série isolada de 4 personagens do seu "núcleo" urbano, no caso Demolidor, Jessica Jones, Luke Cage e Punho de Ferro respectivamente, culminando na série desses personagens unidos numa equipe, os Defensores (essa equipe existe nas HQ's mas com formações diferente dessa).
Voltando à série, ela cumpre mais que bem seu papel. Demolidor não só instala um novo núcleo
no universo, como insere novos conceitos com seu lado mais "realista" e
violento trazendo até mais fidelidade com as HQ's
Com um cuidado especial, personagens importantes como Foggy Nelson, Karen Page e Wilson Fisk são calmamente construídos, desenvolvidos e inseridos em suas relações com Matt Murdock, tudo isso ambientado em uma Cozinha do Inferno suja, violenta e corrupta - os bem informados vão encontrar relação com a obra de Miller pré - Cavaleiro das Trevas Ressurge. A construção do Matt, suas motivações, decisões e, por fim, o amadurecimento do próprio vigilante, desde a origem ao uniforme, tudo está empolgante.
Eu pessoalmente, me senti homenageado com a qualidade, que foi proporcional à importância do personagem, antes vítima de chacotas pelo péssimo filme dos anos 00's estrelado pelo Ben Aflleck (hoje atuando como Bruce Wayne).
Saudações ao Demônio de Hell's Kitchen e que venham os Defensores.
P.S.: Atentem aos já tradicionais Easter Eggs, na série eles aparecem com frequência.
SOUNDGARDEN - SUPERUNKNOWN
1995
Mais uma vez revisito este álbum fantástico.
Tem muita gente que curte o Chris Cornell solo e até Audioslave, mas não parou pra conhecer seu trabalho antes disso tudo à frente do Soundgarden. Superunknown é não só o Chris, mas a banda, no ápice da forma - aliás, o Chris nunca esteve tão alto e pulsante antes ou depois. As raízes metal antes predominantes agora cedem em prol do equilíbrio e da fúria (esta é a palavra) de Spoonman e Superunknown, ou surrealismo Black Hole Sun. OUÇA: Spoonman Fell On Black Days Superunknown Black Hole Sun
RUSH - MOVING PICTURES
1981
Um amigo me disse uma vez que uma coisa legal no Rush era que a banda sempre absorvia elementos da música a época em cada álbum.
Não sei se concordo grossamente, mas em Moving Pictures meu amigo teve muita razão em sua observação.
Aqui o Rush está em forma como sempre, mas a atmosfera oitentista dos teclados e guitarras estão aqui também, tudo bem dosado. mas claro que as músicas falam mais alto que isso tudo, como em Tom Sawyer e Limelight.
Depois de exorcisar amores do passado em The Voyager,
Jenny se juntou ao seu parceiro/amante Jonathan Rice e, juntos,sintetizaram
suas músicas já no título do álbum. I’m Having Fun Now é simples direto e sim, é
divertidíssimo.
BECK - MORNING PHASE
Música boa requer grandes interpretações, e Beck
conhece bem seu material.Muitos torceram o nariz para o que, a princípio,
mereceu mesmo comparações comSea Change.
Mas Morning Phase se mostrou mais forte e profundo do que tudo isso, é lindo e
é algo mais.
JACK WHITE - LAZARETTO
Jack White segue sua jornada solitária em busca de
novas estéticas para sua música. E a contribuição é válida. A todo tempo ávido
e faminto por experimentar e o resultado dessas brincadeiras são um deleite
sonoro.
THE BLACK KEYS - TURN BLUE
Um pouco mais enxuto, um pouco mais soul, um pouco mais psicodélico... em Turn Blue "menos é mais", do clima Pink Floyd em Weight Of Love ao setentismo de Gotta Get Away.
TOM PETTY AND THE HEARTBREAKERS - HYPNOTIC EYE
Ninguém esperava um retorno tão triunfante de Tom Petty. Especialmente nas faixas que abrem o álbum. No caso do "rock reflexivo ao estilo caminhoneiro" de Tom, envelhecer é melhorar.
MÚSICAS
1. BLUE MOON - BECK
Uma letra reflexiva, melodia doce e um piano de furar
o coração de tão grave. Os contrastes de Beck funcionam como um caos harmônico
folk de excelência.
2. JUST LIKE ZEUS - JENNY & JOHNNY
De volta à New Wavepós punk. A troca de vocais, a
urgência, a nostalgia, o balanço... nossa, mas é boa essa música!
3. RED RIVER - TOM PETTY AND THE HEARTBREAKERS
Quanto mais Tom Petty envelhece, mais ele faz
sentido, como vinho e como música boa.
4.ZIGZAGGING TOWARDS THE LIGHT – CONOR
OBERSTA faceta Youngiana de ConorOberst é concisa e
empolgante. 5. TURN BLUE - THE BLACK KEYS
Turn Blue é a expressão máxima da proposta
psicodélica do novo Blak Keys.