quarta-feira, abril 20, 2016

DEMOLIDOR: TOP 5 / GUIA DE LEITURA




Em 1963, em plena era de prata, Stan Lee e Bill Everett trouxeram pela primeira vez o Demolidor (Daredevil).
Disparado, um dos personagens que acho mais FODA nas hqs.
Um herói cheio de simbologias e metáforas. Um advogado cego com sentidos super aguçados que decide enfrentar o crime.

Mas não se iluda, a origem e o desenvolvimento do Demolidor esconde um aprofundamento conceitual brilhante – aliás, como sempre nos personagens do Stan Lee


Abaixo segue uma humilde lista de 5 fases essenciais do demônio. 

Obviamente, tudo baseado na minha humilde opinião:

FASE DE FRANK MILLER - 1º SÉRIE (1979 À 1983) 

Essa fase é vista como uma das mais conceituadas e marcantes do gênero nas HQ’s. 

Aqui, Frank Miller praticamente redefiniu a mitologia do Demolidor de forma canônica. 
Entre novos conceitos surgem Elektra, Stick e o Tentáculo
Alguns personagens como o Rei do Crime e o Mercenário foram inseridos e acabaram se tornando fundamentais nessa mitologia.
A QUEDA DE MURDOCK (1986)
Frank Miller e David Mazzuchelli
Esse é a minha obra predileta...EVER!!!
Dessa vez dividindo os créditos com David Mazzuchelli, Frank nos traz, em seu retorno ao personagem, um inacreditavelmente  brilhante drama que mudaria o nosso querido Matt Murdock pra sempre.

DEMOLIDOR: O HOMEM SEM MEDO (1993)
Frank Miller e John Romita Jr.
Mais Frank Miller!!

Aqui, já gozando de um status de estrela das HQ’s, ele se alia a John Romita Jr.  e retorna pra contar sua versão da origem do Demolidor, de uma maneira, eu diria, tocante.
Aqui vemos mais das origens da amizade de Matt e Foggy Nelson, o romance com Elektra e a relação de Matt com seu pai, Jack Murdock .










FASE DE BRIAN MICHAEL BENDIS/ED BRUBAKER (ANOS 2000)
Essa fase eu ainda não conheço, mas é muito bem conceituada. Fase onde Matt Murdock tem sua identidade exposta para o mundo.
 
FASE DE MARK WAID (2012-2016)
Mark Waid chega ao Demolidor já trazendo de volta elementos heroicos clássicos e, de certa forma, tenta levar o Demolidor de volta há um tempo onde era um pouco menos sombrio e mais heróico. Remete muito ao Demolidor da era de prata.



quarta-feira, abril 13, 2016

A ASCENÇÃO DO DEMÔNIO





Amigos, é com muito prazer que venho aqui escrever hoje sobre a segunda e "megaboga" ótima  temporada do Demolidor.

Veja bem, o Demolidor é "apenas" um dos melhores personagens criados por Stan Lee e onde brilhou lindamente Frank Miller. Ou seja - pondo as cartas na mesa - devo dizer que se trata do meu artista de HQ’s prediletos e um dos meu personagens prediletos.

Daí você tira meu receio antes da primeira temporada do Demônio, que acabou me agradando muito. Mas....a segunda foi demais pro meu coração.

Sempre defendi que as adaptações devem sim apresentar algo diferente do que já vimos, mas há a essência do que está sendo trazido, aquilo que define a obra, que não funcionará se for esquecido. Pois bem, é exatamente isso que está sendo tão bem executado em Demolidor.

Está tudo aqui, os conflitos de Matt Murdock -seja na conciliação das atividades de vigilante e advogado criminal ou os dilemas políticos e éticos ao confrontar o Justiceiro (já falo dele) - ou até mesmo na relação "trágico-doentio-romântica" com Elektra que, afinal nos foi apresentada.

Como falei antes, Frank Miller definiu de forma canônica o personagem nos anos 80 e 90, salvando o personagem de um limbo decadente, e a Marvel entende e respeita isso. O trabalho de Frank está presente em quase tudo aqui. A Hell’s Kitchen ainda mais corrupta e suja, a Mão, o Rei do Crime, Stick e até Karen Paige.

E o que dizer do Justiceiro que, depois de 3 tentativas desastrosas no cinema, só aqui, interpretado por John Bernthal encontrou sua versão digna.

As cenas de luta estão bastante acertadas. O Demônio ao lado de Elektra lutando contra os ninjas é muito, mas muito Demolidor e mais um pouco.

NOTA: 4,5 GG’S DE 5

A ORIGEM DA JUSTIÇA?...OU NÃO?



Muito tempo se passou desde o primeiro trailer e, durante esse tempo, muitos especularam, apostaram e ansiaram  por uma afirmação de filme do ano em A Origem da Justiça. 
É, mas não foi dessa vez.

Mesmo com toda a bagunça que foi a pré-produção, do que começou como Superman 2, depois Superman com participação de Batman, até a Origem da Justiça. Mesmo assim. me empolguei quando foi divulgado que o filme se inspiraria em The Dark Knight Returns (O Cavaleiro das Trevas) de Frank Miller e traria pela primeira vez a trindade da DC reunida.
Particularmente, meu receio era de que toda a bagunça e mudanças de idéias e cronogramas durante a produção atrapalhasse o filme que, a meu ver, precisava muito mais de harmonia e planejamento, o contrário do que houve. 

Resultado: tudodemaisaomesmotempoagoranumfilmesó.
Não me entenda mal, pois gostei muito do filme, mas muito mais por elementos isolados do que pelo todo.  A Origem da Justiça nos mostra durante todo o tempo grandes idéias, mas que sempre nos deixam a impressão de confusão ou vazio - sabe? tipo: "o que foi isso? perdi algumas coisa?."  Alguns temas não chegam a se definir e personagens não se estabelecem por falta de tempo e acabam em não se desenvolverem por completo, como o debate proposto sobre o surgimento do Superman que empolga muito à princípio mas também perde força quando  Bruce Wayne, até então muito bem construído enfraquece o dilema.

Outro problema é Lex Luthor - de longe a maior cagada desse filme. Não tem argumento que salve o Lex. O mau gosto, a afetação exagerada, diálogos pseudo engraçados e até uma obsessão infundada, totalmente diferente do Lex refinado e misterioso que conhecemos.

Mas, como disse inicialmente, embora não pareça eu gostei do filme, o que nos leva ao que o filme tem de bom: estética e fotografia.

A atmosfera negro azulada, embora exagerada em alguns momentos, é belíssima. Sempre com a intenção de refletir as divindades (como são encarados os heróis em questão), como em algumas sequências do Superman.  

O Batman é um deleite só. Ben Affleck acabou contrariando muita gente ao aproveitar bem o bom material que o filme lhe ofereceu. Não só nele, mas como em todo o resto, a estética se afirma e é o que tem de melhor aqui. As cenas de ação são grandiosas e tem uma linguagem muito influenciada pelos quadrinhos, principalmente no aguardado duelo.



Pena que não se pode dizer o mesmo de Henry Cavill. Carente de espaço e de bons diálogos, acaba tendo seu personagem ideologicamente prejudicado quando o roteiro mostra um Superman sem carisma e com status indefinido junto ao mundo, quando deveríamos ver uma continuação quanto ao se desenvolvimento em ralação a The Man Of Steel. Falha essa cada vez maior na minha análise, quando penso que o Superman deveria ser inspirador e justo.

Já a Mulher Maravilha (Gal Gadot) nos dá apenas um “oi, tudo bem?”, ajudando apenas ao ter uma participação tão curta quanto fundamental, mas até que surpreende.

De fato, Zack Snyder mostra-se uma ótima escolha pra liderar esse universo no cinema, mesmo que ainda carregando alguns vícios no que diz respeito a história em si, como algumas resoluções rasas e rápidas, ao invés de ter procurado dar mais sustentação a personagens tão importantes.

Não vou falar de Apocalipse porque penso que não vale a pena. É apenas fan service e solução pra juntar a trindade em ação - que, na minha opnião, mais atrapalha o filme do que ajuda. Dispensável.

Enfim, longe de ser a “obra prima” que Snyder anunciou, mas longe de ser tão ruim quanto pintam por aí. 
No mais, o negócio é torcer por uma Liga da Justiça consistente e empolgante.
NOTA: 3,5 GG’S DE 5