Muito tempo se passou desde o
primeiro trailer e, durante esse tempo, muitos especularam, apostaram e
ansiaram por uma afirmação de filme do
ano em A Origem da Justiça.
É, mas não foi dessa vez.
É, mas não foi dessa vez.
Mesmo com toda a bagunça que foi a pré-produção, do que começou como Superman 2, depois Superman com participação de Batman, até a Origem da Justiça. Mesmo assim. me empolguei quando foi divulgado que o filme se inspiraria em The Dark Knight Returns (O Cavaleiro das Trevas) de Frank Miller e traria pela primeira vez a trindade da DC reunida.
Particularmente, meu receio era de que toda a bagunça e mudanças de idéias e cronogramas durante a produção atrapalhasse o filme que, a meu ver, precisava muito mais de harmonia e planejamento, o contrário do que houve.
Resultado: tudodemaisaomesmotempoagoranumfilmesó.
Particularmente, meu receio era de que toda a bagunça e mudanças de idéias e cronogramas durante a produção atrapalhasse o filme que, a meu ver, precisava muito mais de harmonia e planejamento, o contrário do que houve.
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Não me entenda mal, pois gostei
muito do filme, mas muito mais por elementos isolados do que pelo todo. A Origem da Justiça nos mostra
durante todo o tempo grandes idéias, mas que sempre nos deixam a impressão de confusão ou vazio - sabe? tipo: "o que foi isso? perdi algumas coisa?." Alguns temas não chegam a se definir e
personagens não se estabelecem por falta de tempo e acabam em não se
desenvolverem por completo, como o debate proposto sobre o
surgimento do Superman que empolga muito à princípio mas também perde força quando Bruce Wayne, até então muito bem construído enfraquece o dilema.
Outro problema é Lex Luthor - de longe a maior cagada desse filme.
Não tem argumento que salve o Lex. O mau gosto, a afetação exagerada, diálogos pseudo
engraçados e até uma obsessão infundada, totalmente diferente do Lex refinado e misterioso que conhecemos.
Mas, como disse inicialmente, embora
não pareça eu gostei do filme, o que nos leva ao que o filme tem de bom:
estética e fotografia.
A atmosfera negro azulada, embora
exagerada em alguns momentos, é belíssima. Sempre com a intenção de refletir as
divindades (como são encarados os heróis em questão), como em algumas
sequências do Superman.
O Batman é um deleite só. Ben Affleck
acabou contrariando muita gente ao aproveitar bem o bom material que o filme
lhe ofereceu. Não só nele, mas como em todo o resto, a estética se afirma e é o
que tem de melhor aqui. As cenas de ação são grandiosas e tem uma linguagem
muito influenciada pelos quadrinhos, principalmente no aguardado duelo.
Pena que não se pode dizer o
mesmo de Henry Cavill. Carente de espaço e de bons diálogos, acaba tendo seu
personagem ideologicamente prejudicado quando o roteiro mostra um Superman sem
carisma e com status indefinido junto ao mundo, quando deveríamos ver uma continuação quanto ao se desenvolvimento em ralação a The Man Of Steel. Falha essa cada vez maior na minha análise, quando penso que
o Superman deveria ser inspirador e justo.
Já a Mulher Maravilha (Gal Gadot) nos dá
apenas um “oi, tudo bem?”, ajudando apenas ao ter uma participação tão curta quanto
fundamental, mas até que surpreende.
De fato, Zack Snyder mostra-se
uma ótima escolha pra liderar esse universo no cinema, mesmo que ainda carregando
alguns vícios no que diz respeito a história em si, como algumas resoluções rasas
e rápidas, ao invés de ter procurado dar mais sustentação a personagens tão
importantes.
Não vou falar de Apocalipse
porque penso que não vale a pena. É apenas fan service e solução pra juntar a
trindade em ação - que, na minha opnião, mais atrapalha o filme do que ajuda. Dispensável.
Enfim, longe de ser a “obra prima”
que Snyder anunciou, mas longe de ser tão ruim quanto pintam por aí.
No mais, o negócio é torcer por uma Liga da Justiça consistente e empolgante.
No mais, o negócio é torcer por uma Liga da Justiça consistente e empolgante.
NOTA: 3,5 GG’S DE 5
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