quinta-feira, dezembro 29, 2011

THE RACONTEURS - MANY SHADES OF BLACK

MEUS ALBUNS PREDILETOS DE 2011

1. The Decemberists - The King Is Dead

O album que procede a verdadeira odisséia folk- progressiva de The Hazards Of Love trouxe uma proposta tão direta quanto eficiente. O clima interiorano já era característico, mas dessa vez veio mais à flor da pele. O contraste está nos temas mais intimistas e simplórios, abrindo espaço pra Colin Meloy destilar o que parece ser o auge de sua trajetória como compositor e vocalista. O resultado é encantador.





2. Noel Gallagher's High Flying Birds

Quem tem talento supera tudo. A constatação mais óbvia ao ouvir esse disco é constatar que na verdade você não curtia Oasis, e sim o trabalho de Noel Gallagher. Mais psicodélico do que nunca, Noel escolheu apenas seguir o curso natural de sua música e, mais livre do que nunca pra cantar, sua voz voa como os pássaros que dão nome a esse disco memorável.







3. Foo Fighters - The Wasting Light

A Compania Grohl de rock parecia já ter dado seu recado, já que desde There Is Nothing Left To Lose de 2000, nada mais chamava atenção na banda. Mas a fonte que parecia ter esgotado transbordou com tamanha vazão que a sensação é de delírio. O resultado é o trabalho mais urgente e direto de toda sua discografia.






4. Bon Iver - Bon Iver

Quem disse que velocidade é tudo? A atmosfera sutil de Bon Iver, bem como os falsetes que estampam todo o álbum, é como o silêncio que, aliás, também tem papel importante na música. Tudo isso pra valorizar o grande trunfo de sua música as melodias – mais nostálgicas a cada audição. Em tempos difíceis pra boa música, Bon Iver dá uma aula de sensibilidade vocal, e mostra que potência não é nada sem paixão.




5. Adele - 21

A revelação do ano tem um gostinho de Amy, mas menos sedutora e mais emocionante. Histórias de amor alimentam todo o álbum, acompanhados de performances vocais primorosas.

MINHAS MÚSICAS PREDILETAS DE 2011

1. Shake It Out - Florence + The Machine

2. Rox In The Box - The Decemberists


3. Two Agains One - Danger Mouse & Danielle Luppi Featuring Jack White

4. Hits Me Like A Rock

5. Towers - Bon Iver

6. Rolling In The Deep - Adele

7. The Last Living Rose - PJ Harvey

8. It Happened Today -R.E.M.

9. Dear Rosemary - Foo Fighters

10. Stay Young Go Dancing - Death Cab For Cutie


terça-feira, novembro 01, 2011

OS PÁSSAROS DE NOEL GALLAGHER

A primeira impressão quando se escuta High Flying Birds, o novo disco de Noel Gallagher é de que soa como um novo disco do Oasis. Mas, na minha opnião isso é até natural, visto que o próprio era o cérebro e alma de sua antiga banda. Os maiores clássicos e os maiores acertos da banda inglesa passaram pela sua mão.

O velho caleidoscópio que caracterizou suas composições persistem, mas o mais impressionante é que Noel não perde a boa mão melódica, ele apenas a acentua. Um olhar mais atento revela arranjos mais cautelosos e guitarras não tão expressivas, dessa vez inserido num clima mais psicodélico do que nunca, o que direciona a atenção nas melodias mais cadenciadas e intimistas do que o de costume.

Mais livre pra criar, o Gallagher mais velho trás todas as influências e experiências da carreira à tona como suas colaborações com Chemical Brothers (AKA... What A Life) - do seu jeito, é claro, e Beatles (The Death Of You And Me).

If I Had A Gun e (I Wanna Live In A Dream In My) Record Machine são velhas conhecidas dos orfãos do Oasis, vazadas anteriormente em versões demo, assim como Stop The Clocks, que já era uma lenda e chegou até a dar nome a uma coletânea de sua antiga banda.

AKA... Broken Arrow trás referências discretas aos últimos incidentes que causaram o fim do Oasis, além de contar com performance inspirada no vocal.

Melhor só do que mal acompanhado.

sexta-feira, setembro 30, 2011

R.E.M. TRAJETÓRIA DISCOGRÁFICA

CHRONIC TOWN (1982)

Apesar do formato subestimado, este EP de estréia causou tanto alvoroço na crítica americana e inglesa que hoje tem status de álbum, e que álbum! Cinco músicas que se tornaram hits clássicos como Wolves, Lower e Carnival Of Sorts (Boxcars).




MURMUR (1983)

Enfim em formato de álbum, a estréia não poderia ser melhor. Murmur ganhou destaque na crítica mundial e até hoje figura nas listas entre os melhores álbuns de rock da história. Considerado por muitos o pontapé inicial da ascenção do College Rock e, mais tarde, o Alternative Rock.




RECKONING (1984)

Reckoning enfrentou os mesmos problemas que todo artista sofre ao lançar o sucessor de um grande trabalho. Apesar de subestimado, Reckoning esconde grandes músicas como Southern Central Rain, que se tornou hit da banda. Aqui Peter Buck ganha status de Guitar Hero desenvolvendo os dedilhados que caracterizariam o R.E.M., ao lado do eficiente Mike Mills que também funciona como segundo vocalista.


FABLES OF THE RECONSTRUCTION(1985)

Após problemas envolvendo intrigas entre os membros, o terceiro álbum é lançado em meio a rumores de uma separação. Apesar dos problemas, o disco tem boa recepção. As melodias são o destaque aqui, bem como as letras sempre enigmáticas que agora também carregam temas místicos, e pessoais de Michael Stipe. Cada vez mais os dedilhados de Peter Buckdão lugar a novas propostas de arranjo.



LIFE’S RICH PAGEANT (1986)

Mais “sujo” que o normal, o som - também mais vibrante - traz as primeiras preocupações políticas, como Fall On Me, Cuyahoga e Swan Swan H.





DOCUMENT (1987)

Um dos meus prediletos . O R.E.M. invade as rádios. The One I Love e It’s The End Of The World... dão o tom nas lojas. O experimentalismo traz saxofones, covers, e a cada vez mais frequente consciência política em Enxumming McCarthy e Welcome To The Occupation.




GREEN (1988)

O nome desse disco já reflete a preocupação ambiental, tema geral do álbum, o primeiro pela grande Warner Records e também a primeira turnê mundial. Apesar dos incentivos, Green não trouxe um apelo comercial maior, pelo contrário. Orange Crush e Stand se tornam grandes sucessos radiofônicos.




OUT OF TIME (1991)

A continuação da proposta mais “pop” lançada em Green se mostrou tão acertada quanto natural. Losing My Religion se torna definitivamente o maior êxito comercial da banda, e clássico maior, seguido de Shiny Happy People. O sucesso do álbum eleva o conceito geral de grande banda do gênero.




AUTOMATIC FOR THE PEOPLE (1992)

Ao quebrar as expectativas de um possível sucessor de Out Of Time, o R.E.M. lançou em 1992 uma de suas maiores obras primas. Automatic For The People traz um clima mais sombrio, mas também belíssimo. O balanço dá lugar a camas de cordas, violões e acordeoms.





MONSTER (1994)

De volta ao vibração rock n’ roll, mas um pouco diferente desta vez. As influências Glam e a atualização no formato musical. Peter Buck viaja nos efeitos dessa vez, e com primor.






NEW ADVENTURES IN HI FI(1996)

Gravado em sessões durante a última turnê, soa meio que uma continuação de Monster.






UP (1998)

Agora sem seu baterista original, Bill Berry, um novo R.E.M. aparece. O peso é ausente, dando ligar a bases mais eletrônicas, mas bem dosadas.






REVEAL (2001)

Mais urgente do que Up e também mais acessível As influências vão de Depeche Mode a New Order. A boa mão para clássicos pop voltam com All The Way To Reno e Imitation Of Life.






AROUND THE SUN (2004)

Primeiro grande erro do R.E.M. Claramente desinspirado e perdido. Alguns acertos como Electron Blue não conseguem salvar Around The Sun.






ACCELARETE (2008)

Os plugs ligados novamente, e em alto volume. Urgente, rápido e limpo. O R.E.M. de volta a boa forma.






COLLAPSE INTO NOW (2011)

Ao ouvir hoje, bem que soa como mesmo como um adeus. Todos os elementos que caratarizaram a trajetória da banda se encontram em Collapse.

segunda-feira, setembro 26, 2011

DIETA DE SETEMBRO

O FIM DO R.E.M.

Com muita tristeza, lembro aqui que uma das melhores e mais influentes bandas dos últimos 30 anos anunciou este mês o fim de suas atividades após 31 anos de carreira.
O R.E.M. surgiu em 1983 de Athens com um EP que abalou a crítica musical (Chronic Town de 1983), e lançou 15 albuns, entre eles algumas verdadeiras obras primas. Também foi uma das bandas responsáveis pela ascenção do College Rock e Alternative
Rock, o que lhe rendeu uma vasta influência em bandas de vários gêneros.
Caso raro de banda com necessidade constante de se reinventar a cada album, o que fez a banda se manter regular durante essas três décadas.
Encantou a crítica durante todos os anos 80, quando inovou em lançar durante muitos anos seus trabalhos de forma independente, mantendo assim o controle total de criação.
Lançou o primeiro disco pela grande Waner em 1988 com Green, e ganhou o mundo três anos depois com o sucesso de Out Of Time.
O R.E.M. deixa um legado de grandes clássicos, fãs ilustres como Kurt Cobain e Thom Yorke, além de um nome intocável, pra sempre marcado no Rock mu
ndial.


ASTEROIDS GALAXY TOUR

Entre vaias pra uma Cladia Café com Leite perdida no tempo e espaço, um showzaço do Metallica e uma Rihanna que botou todo mundo pra esperar até quase de manhã, no Rock In Rio 2011 pouco se falou nesta banda dinamarquesa que anda fazendo todo mundo dançar mundo afora. Donos de um indie pop vibrantemente vicioso e com uma vocalista que é só estilo, é difícil ficar parado. Os caras arrebentam com músicas como The Sun Ain't Shining No More e The Golden Age.



RED HOT CHILLI PEPPERS – I’M WITH YOU

Pela segunda vez os Peppers enfrentaram a difícil tarefa de lançar outro álbum sem a preença de John Frusciante, e ele faz mesmo muita falta. O disco é repleto de ótimos grooves, e este é exatamente o problema de I’m With You: o Flea é gênio, mas é só um.
Sem Frusciante, os Peppers não conseguem sequer repetir o êxito de One Hot Minute de 1996, antes o único disco sem o guitarrista original, afastado na época por problemas com drogas. Sem as contribuições luxosas do antigo guitarrista, dessa vez afastado por vontade própria, o vazio deixado é notório e se reflete em quase todo o album, na qualidade das composições, vocais e mais do que tudo, nas guitarras econômicas, mas criativas, que ajudaram a caracterizar o estilo da banda.


CANSEI DE SER SEXY - LA LIBERACION

Eu não curtia muito essa banda brasileira que hoje faz mais sucesso no exterior que no próprio Brasil. La Liberacion tratou de mudar minha opinião a respeito dessa galera. Em parte o que eu notei foi um CSS mais evoluído - óbvio - , mas um pouco mais estruturado no que se refere à arquitetura musical.

Ouça na íntegra La Liberacion.

quarta-feira, setembro 14, 2011

JOHN LENNON: POR TRÁS DAS LETRAS


Às vezes um título não é "só um título", mas uma referência ou uma citação a algum assunto de fora do contexto. Com John Lennon - pelo menos no seu período Beatles - assuntos aparentemente desinteressantes e fatos íntimos de sua vida cotidiana ganhavam forma e outros sentidos nas letras de suas canções, como as estórias já conhecidas de Lucy In The Sky... ou Strawberry Fields Forever.

Inspirado nas fotos de meu amigo Michel Macedo em Liverpool (as quais morri de inveja), selecionei algumas boas , e menos citadas.


COME TOGETHER

Inicialmente foi escrita por John Lennon para a campanha do “guru californiano” Timothy Leary ao governo da Califórnia no anos 60. Come Together, inspirada no bordão recorrente na campanha de Timothy, acabou sendo rejeitada pelo próprio. Só tempos depois John usaria no álbum Abbey Road sob uma linha de baixo criada por Paul.

DEAR PRUDENCE

O retiro na Índia em 1968 acabou servindo mais de inspiração pra balaios de composições do que para outra coisa. O White Album trouxe várias dessas canções, entre elas Dear Prudence, música singela inspirada na jovem Prudence Farrow – irmã da atriz Mia Farrow, que procurava se reabilitar de um período depressivo e passou seus dias na Índia de forma mais reclusa e afastada. Ela se trancava em seu quarto e meditava por horas, de acordo com John.

SEXY SADIE

Segundo John, durante o “Acampamento de Meditação Transcedental”, o guru Maharishi Mahesh Yogi teria tentado forçar relações sexuais com Prudence Farrow, o que causou alvoroço no acampamento e resultou na partida de muitos, assim como todos os Beatles. Segundo John, Perguntado pelo Maharishi por que estavam partindo, John teria respondido: “Se você é tão cósmico, sabe o porquê”.

Inicialmente a letra continha passagens consideradas obscenas, que acabaram sendo retiradas.

Foi uma das faixas do álbum que mais marcaram a tragetória do assassino americano Charles Manson,que tinha um de seus seguidores, Susan Atkins que também atendia pela alcunha de “Sadie Mae Glutz”. De acordo com Manson, as faixas do Álbum Branco continham mensagens sublinares enviadas diretamente a ele.

I AM THE WALRUS

A idéia do Walrus (Morsa) veio do poema The Walrus And The Capenter (A Morsa e o Carpinteiro), parte de Through The Looking Glass (Através Do Espelho) de Lewis Carrol. De acordo com John, numa entrevista à Playboy em 1980., o poema de Lewis comentava sobre os sistemas capitalista e social.

A DAY IN THE LIFE

No documentário The Beatles Anthology, Paul fala sobre John Lennon estar procurando assuntos quaisquer no jornais que inspirassem letras pra alguma canção. Nesse Jornal, o Daly Mail, haviam notícias sobre como uma van teria esbarrado um veículo Lótus, e outra matéria sobre os 4.000 buracos na estrada de Blackburn, e sobre como o volume da material necessário para preenchê-los daria pra encher todo o Alber Royal Hall de Londres.

O filme citado por John sobre o exército inglês que havia ganho a guerra é How I Won The War, estrelado por John no papel principal, meses antes das gravações de Sgt. Pepper’s.

DOCTOR ROBERT

Essa é sobre o Doutor americano Robert Freymann, que abastecia celebridades com drogas.

TOMORROW NEVER KNOWS

Como em A Hard Day’s Night, Tomorrow Never Knows trouxe mais um dos famosos bordões de Ringo em seu título na tentativa de suavisar o clima pesado das letras.

Essa música foi batizada provisóriamente com o nome de “Marco I” pelo grupo no primeiro dia de gravação do album Revolver em 1966, e trás nas letras ácidas passagens do Livro Tibetano Dos Mortos, lido recentemente por John. Marcou o ápice do experimentalismo de estúdio dos Beatles.

terça-feira, agosto 02, 2011

O OASIS E NOEL GALLAGHER

Noel Gallagher nasceu na cidade de Manchester, Inglaterra, em 1967. Passou a tocar guitarra por volta de seus 13 anos de idade, época em que passou a conhecer suas bandas prediletas, como The Smiths que também são de Manchester. Trabalhou como operário na construção civil e também no comércio, passando mais tarde a tocar como guitarrista de estrada e roadie.

Em um de seus retornos a Manchester, teve a oportunidade de ver seu irmão mais novo, Liam, cantar em sua banda numa casa de shows local, se juntando à banda posteriormente. Agora com o nome de Oasis, e sob total controle artístico de Noel – o mais experiente – Liam Gallagher (Vocais), Paul McGuigan (Baixo), Tony McCarrol (Bateria) e Paul Arthurs (Guitarra) logo gravaram seu primeiro álbum: Defenitely Maybe de 1994, logrando considerável êxito.

Nessa época o rock britânico se encontrava carente de bom material. Com o sucesso do primeiro álbum do Oasis e Blur, logo veio o reconhecimento também do exterior e, com ele, a ascensão de várias bandas independentes do reino unido, era o surgimento do Britpop, que logo ficou conhecido como “A Invasão Britânica” em referência à invasão de bandas britânicas em todo o mundo no anos 60.

Logo as canções de Noel estampavam os álbuns do Oasis ganhando as vozes de jovens de todo o mundo, tornando – se logo hinos que retratavam uma época. Colaborou com faixas do Chemical Brothers e Beck. Se tornou um dos grandes nomes da música popular dos anos 90, pela influência e polêmicas em suas declarações. Chegou a declarar o Oasis melhor que Beatles – sua confessa banda predileta.

Bebedeiras em hotéis, declarações polêmicas e discussões constantes com Liam, marcaram a relação criativa entre os irmãos Gallagher, que chegaria ao seu cume em 2009, quando Noel decretaria sua saída definitiva da banda, que logo também encerrou sua atividades e assumiria a marca de Beady Eye.

Em 2011, Noel Gallagher lança seu primeiro álbum solom intitulado de Noel’s High Flying Birds sob a expectativa dos milhões de fãs órfãos do Oasis e de suas canções históricas e marcantes.

Abaixo a lista e um rápido olhar sobre os álbuns do Oasis:

DEFINITELY MAYBE (1994)

Segundo Noel, o melhor álbum da banda. Foi a revelação mais festejada do ano. Trazia um som nostálgico que levava aos bons tempos da música pop britânica sob um clima de homenagem ao rock n’ roll, ao mesmo tempo que revelava uma nova cara que ia definir o futuro de seus predecessores da terra da rainha – nascia o Britpop que logo se tornou movimento. O novo timbre de vocal de Liam contratava com as melodias assobiáveis de Noel.


(WHAT’S THE STORY) MORNING GLORY (1995)

Feito às pressas, Morning Glory sacramentou de vez o sucesso do Oasis, e dessa vez no restante do mundo. Menos pulsante, mas não menos criativo, pelo contrário. Noel Gallagher se firmava como compositor de primeira ordem, com uma visão única de sua geração, cantada em suas letras. Hits matadores que tocaram em todas as rádios e emocionaram jovens por toda parte. Trazia Wonderwall e Don’t Look Back In Anger, canções que marcariam pra sempre a trajetória da banda.


BE HERE NOW (1997)

Não foi preciso o destaque tomado pela ascensão de The Verve, Blur e Radiohead pra ofuscar o brilho do terceiro álbum. Be Here Now, apesar de alguns destaques, como Stand By Me e D’you Know What I Mean, não superou os êxitos anteriores.




THE MASTERPLAN (1998)

Coletânea de B-Sides. Subestimado no início mas revelou grandes canções, que já eram sucesso antes, apesar de não estarem nos albuns, como The Masterplan. Noel ganha mais destaque nos vocais.




STANDING ON THE SHOULDER OF GIANTS (2000)

Na minha opnião o melhor album. Enquanto o restante dos integrantes tiravam férias, Noel produzia singles de Beck, e cantava em álbuns do Chemical Brothers. Esse período acabou trazendo novas influências para a banda. Fucking In The Bushes traz as lições dos Chemical Brothers, Gas Panic! e Go Let It Out traz bases Trip – Hop. Liam passa a colaborar com uma composição, abrindo espaço pra Noel cantar mais uma, metendo asim duas pérolas: Where Did All Go Wrong? e Sunday Morning Call.



HEATHEN CHEMISTRY (2002)

Aqui, as influências se extendem ao glam rock de T – Rex. A medida que o espaço aumenta para composições de Liam, Noel passa a cantar mais músicas. Destaque pra The Hindu Times e Little By Little.




DON’T BELIEVE THE TRUTH (2005)

Nesse album, as contribuições passam a se extender por quase toda a banda, com composições de quase todos os integrantes. Primeiro álbum após a saída do baterista Alan White.




DIG OUT YOUR SOUL (2008)

Último álbum com Noel e também último do Oasis. Apesar de alguns êxitos isolados como The Shock Of The Lightning, I’m Outta Time e Falling Down, no geral é um disco pouco inspirado.

sábado, julho 30, 2011

NAS TRILHAS DE KICK - ASS

MELHOR DO ANO: QUANTO MAIS ZERO MELHOR

NOVA DO COLDPLAY

NOVA MÚSICA DO NOEL GALLAGHER


Noel Gallagher's Flying High Birds, é o título do primeiro trabalho solo do ex-líder - e principal fonte criativa - do Oasis.
Ao contrário de muitos fãs, eu achei a saída da banda uma escolha acertadíssima do Noel. O Oasis só bloqueava as possibilidades do talentoso compositor e guitarrista.
O album, que contém composições que quase entraram no último album do Oasis, o Dig You Own Hole, sai em 17 de outubro. Segue abaixo a listas das músicas:

01. "Everybody's On The Run"
02. "Dream On"
03. "If I Had A Gun"
04. "The Death Of You And Me"
05. "(I Wanna Live In A Dream In My) Record Machine"
06. "AKA...What A Life!"
07. "Soldier Boys And Jesus Freaks"
08. "AKA....Broken Arrow"
09. "(Stranded On) The Wrong Beach"
10. "Stop The Clocks"

quarta-feira, julho 27, 2011

DIETA DE JULHO

EXPOCRATO (LEIA – SE: BARRACA ETANOL)

Já canta Dolores Oriordan : “Salvation is free”. Na Expocrato a barraca Etanol era “a” solução.





O SEGREDO DOS SEUS OLHOS

A Argentina só perde pro Brasil em tradição no futebol, porque em se tratando de cinema os Hermanos dão de peia. O Segredo Dos Seus Olhos de Juan José Campanella foi indicado a oscar – não que isso seja uma vantagem – e é de encher mesmo os olhos. Belíssimo.




DISCOGRAFIA DO RAGE AGAINST THE MACHINE

Li numa crítica uma vez que o RATM era de levantar até pau de velho. Metáforas à parte, a verdade é que os latino americanos que rechearam o rock alternativo dos anos 90 fazem jus ao nome com suas críticas políticas e sociais e as banham num som urgente e agressivo. E funciona bem que é uma beleza. Impressionante como o som é criativo e só ganha mais força com o tempo. Ainda estou na torcida pelo lançamento de um novo álbum com inéditas.

Rage Against The Machine (1992)

Evil Empire (1996)

The Battle Of Los Angeles (1999)

Renegades (2000)

R.E.M. : COLLAPSE INTO NOW

Continuei ouvindo o album do R.E.M. de 2011, e pra mim continua soando preguiçoso e até com um gosto de Deja Vu. Uberlin ainda é destaque, junto com It Happened Today com participação especial de Eddie Vedder.

X – MEN: FIRST CLASS

Um Charles Xavier galanteador e charmoso, uma Mística “verde” e irmã mais nova de Charles, e um Magneto movido por uma vingança sem sentido e que de uma hora pra outra encarna Moisés e adota um discurso como se há anos o quisesse.

O novo episódio – este contando os primórdios da saga – traz um Matthew Vaughn com a tradicional boa mão pras sequências de ação, bons diálogos mas que nada pode fazer por um roteiro que se perde na intenção exagerada de ser fiel às HQ’s. Ver o Clube do Inferno ser desperdiçado dessa forma, e deslocado na cronologia da série, é de partir o coração.

O filme até que é bom, mas como adapatção chega até a entrar em desacordo com o restante da cornologia da série.

segunda-feira, junho 13, 2011

Nova animação - Derivado de "Carros"

A Grande Mentira

Sempre achei a questão do bairrismo bem mais complicada do que parece, dessa forma via muita gente exagerar ao defender os interesses, cultura, arte e todo mais que é ou já foi produzida na cidade do Crato, Juazeiro do Norte, enfim, em todo o Cariri.

Mas há alguns anos minha visão à respeito disso vem mudando, tudo isso pelo que todo ano a Exposição Agropecuária do Crato vem mostrando em suas diversas programações, não só as musicais.

Mas, como tudo na vida tem do que a gente criticar, vou me especificar apenas ao que parece ser o problema mais emergente, e por que não incômodo: a programação de show musicais.

Bom, pra começar, mesmo alheio ao meu gosto musical, devo dizer que sempre defendi a democratização musical em todo e qualquer veículo de divulgação musical. Na minha opinião nenhum tipo de música deveria predominar totalitariamente, e sim o ecletismo musical. Nem o meu amado rock n’ roll, a MPB, o Axé ou o Samba, mas sim todos juntos, pois só hoje não há mais espaço pra todos.

Sempre achei a união entre os gêneros em harmonia numa programação de uma emissora FM, por exemplo, uma medida que poderia sim funcionar pra pôr de volta uma qualidade na música brasileira, que há tempos vai sumindo no horizonte.

Toda e qualquer tentativa de tentar industrializar a música e transformá-la em veículo de entretenimento, só afundou mais o que nosso pais e até nós mesmo hoje chamamos de boa música aquela que ouvíamos na infância. Foi assim com Axé que aos poucos vai completando sua missão de destruir a música baiana, que hoje é um uga uga que não dá nem pra entender o que isso acrescenta na nossa vida. E o que dizer do forró de hoje em dia né? Suas letras já falam por si só.

A arte, em seu princípio, se manifesta - entre outros modos – como um processo de expressão do seu criador junto ao seu objeto final: o público. Arte é, de várias formas diferentes, comunicação. Ela forma opiniões. Os jovens estão crescendo e ouvindo o que o artista está falando, e quer saber o que ele anda fazendo da vida. Um microfone na mão é poderoso, ele te dá uma responsabilidade, uma influência sobre a vida das pessoas.

Supostamente eu deveria sentir, me emocionar ou me inspirar de uma forma totalmente diferente do que muitas músicas hoje fazem. Agora, o que diabos eu devo levar como aprendizado numa “Arerê, Um lobby, um hobby, um love com você”, ou será que vou passar a respeitar mais as mulheres e a família depois de ver aquela coisa interessante que é um show de uma banda de forró?

As questões são inúmeras. Os nosso ídolos, nosso heróis, que idade eles tem hoje? Qual o último que nos chamou a atenção, que nos deu vontade de saber quais as influências musicais dele? Qual a opinião deles sobre o governo? Qual seu melhor álbum?

Será que o povo em geral ainda tem o poder de decidir qual música deve ser um hit, ou será que alguém decidiu em alguma sala de alguma gravadora quais músicas serão as mais tocadas no carnaval de 2012? Quem pagou por isso?

Ou melhor, será que o povo em geral ainda pode ouvir uma música e concluir ou explicar porque ela é boa ou não?

"De tanto se repetir uma mentira, ela acaba se transformando em verdade." - Paul Joseph Goebbels